Histórico

LOURENÇO FILHO: O PERSONAGEM
Manuel Bergston Lourenço Filho, educador e psicólogo brasileiro, filho de pai português e mãe sueca, nasceu em Porto Ferreira – São Paulo, a 10 de março de 1897 e faleceu no Rio de Janeiro a 03 de agosto de 1970. Estudou na Escola Nacional de Pirassununga – SP, onde se formou em 1914, e pela Escola Normal Secundária de São Paulo em 1917, sempre lecionando e trabalhando na imprensa. Não concluiu o curso de Medicina, que abandonou no segundo ano (1918). Cursou depois a Faculdade de Direito de São Paulo, bacharelando-se em 1929.

Professor de Psicologia e Pedagogia na Escola Normal de Piracicaba-SP (1931), fundou nessa cidade a revista de Educação. Convidado pelo governador do Ceará (1922-1923), reorganizou a instrução pública do Estado, promovendo assim uma das primeiras reformas de ensino que marcam a década de 1920. Em 1924, retornou a Piracicaba, mas logo foi nomeado professor da Escola Nacional de São Paulo (1925-1930), publicando, logo depois, a Escola Nova.

Foi Diretor Geral de Ensino de São Paulo, nos anos de 1930 e 1931. Realizou obra notável na reformulação do Ensino Normal e Profissional do Estado. Criou ao mesmo tempo o Serviço de Psicologia Aplicada, a Biblioteca Central de Estudo e o Instituto Pedagógico. Em 1932, transferiu sua residência para o Rio de Janeiro, passando a exercer as funções de chefe de gabinete do Ministro da Educação, Francisco Campos, época que traçou o Planejamento de uma Faculdade de Educação, Ciências e Letras. Ao tempo da administração de Anízio Teixeira, na Secretaria de Educação do Distrito Federal, dirigiu o Instituto de Educação do Rio de Janeiro, em 1932.

Sendo professor titular de Psicologia Educacional da Universidade de São Paulo, permaneceu no Rio de Janeiro. Depois de uma viagem de estudos ao EUA, foi nomeado professor de Psicologia Educacional da Universidade do Distrito Federal e Diretor da mesma escola em 1935. No ano seguinte, deu cursos nas Universidades de Buenos Aires e La Plata, na República Argentina.

Foi membro do Conselho Nacional de Educação e Diretor Geral do Departamento Nacional de Educação em 1937. O ministro Gustavo Capanema encarregou-o de organizar e dirigir o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, INEP, em 1938, e em 1944, começou a publicar a Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Em 1939, ministrou cursos nas Universidades de Lima, Peru e Santiago, do Chile. Em 1944, realizou uma série de conferências em Assunção e colaborou na reforma do ensino do Paraguai. Deixou em 1946 a direção do INEP e assumiu a cátedra de Psicologia da Educação na Faculdade de Filosofia. Nesse mesmo ano, representou o Brasil na III Conferência Geral da Unesco, reunido no México.

Em 1947, ocupou pela segunda vez a direção do Departamento Nacional de Educação na gestão do ministro Clemente Mariani, colocando-se a frente da “Campanha Nacional de Educação de Adultos”.

Presidiu o “I Seminário Latino-Americano de Psicologia Aplicada”, no Rio de Janeiro e em São Paulo em 1935, quando foi membro da "American Education Researg Association". Pertenceu ainda a "American Statistical Association", a "Adult Education Association of the United States" e a "Société Française de Psychologia". Foi professor honorário da "Universidad Mayor de San Marcos" em Lima, no Peru, e professor emérito da "Universidade do Brasil". Aposentou-se em 1957.

A importância de Lourenço Filho como escritor se evidencia ao dirigir a "Biblioteca da Educação", a "Companhia Melhoramentos de São Paulo", onde publicou as traduções, todas de sua autoria, de obras como Psicologia Experimental de H. Pieron; Psicologia Experimental de Ed. Claraparedel. Escreveu Juazeiro do Padre Cícero, obra premiada pela "Academia Brasileira de Letras" (1926). A Escola Nova (1925). Educação e Sociologia de E. Durkheim; Testes para medida da inteligência de Binete-Simon, e Tecnopsicologia do Trabalho Industrial de Leon Walther, de 1928.

Em 1930, Lourenço Filho publicou a sua obra fundamental, Introdução ao Estudo da Nova Escola, obra que se classifica como a melhor análise em Língua Portuguesa dos fundamentos psicológicos e biológicos das novas doutrinas pedagógicas, que teve várias edições no Brasil e no Exterior, seguida de Testes ABC, em 1933. Em 1952, publica Aprender por Si. Em 1953, escreveu a série graduada para escola primária, Pedrinho, em cinco volumes, de incontestável interesse pedagógico. Em 1940, publica Tendência da Educação Brasileira; A Pedagogia de Ruy Barbosa, em 1954. Constituem livros a margem da obra propriamente pedagógica. É ainda autor de um dos primeiros trabalhos de interpretação do Messianismo Nordestino.

SOBRE A ESCOLA
A escola normal "Lourenço Filho" só foi instituída em 1º de junho de 1942, através do decreto 99, pelo governo Oscar Passos, destinado a preparar o professor primário do Território e, bem como, a ministrar cursos de revisão e aperfeiçoamento para o "Magistério Público".

O currículo inicial da Escola Normal era formado pelas seguintes disciplinas: Português, Matemática, Geografia Geral e do Brasil, Ciências Físicas e Naturais, Higiene, Desenho e Caligrafia, Trabalhos Manuais, Música e Canto, Noções de Horticultura e Pequena Criação, Educação Física.

Após o Decreto, a primeira turma colou grau em 1945 com apenas seis concludentes. Ainda era em nível de primeiro ciclo, com duração de quatro anos. Funcionava também, junto ao Ginásio, no Instituto Getúlio Vargas, situado a rua Benjamin Constant. Como não havia professores qualificados, necessária se fez, em 1942, a contratação de profissionais oriundos de outros centros educacionais do país. Contra, reagiu o Diretor do Departamento de Educação e Cultura - DEC, que não concordava com as ideias da escola nova trazidas pelos professores contratados que seguiram a orientação do INEP (FARIAS, p.64)

No entanto, com a saída dos professores contratados, pouco restou da tentativa de se introduzir a concepção humanista moderna na formação dos professores acreanos, segundo Severino Farias (idem).

A reestruturação do ensino no país, estabelecida e sancionada pela Lei Orgânica 8530, 02 de janeiro de 1947, provocou a reforma do Ensino Normal do Território, que passou a ser ministrado em dois ciclos, oficializado pelo decreto 40, de 11/03/1947.

O novo regulamento estabelecia a seguinte estrutura da lei e currículo:

"O primeiro (ciclo) dará o curso de regente de ensino primário, em quatro anos, e terá as seguintes disciplinas:
* 1ª série: Português, Matemática, Geografia Geral, Ciências Naturais, Desenho e Caligrafia, Canto Orfeônico, Trabalhos Manuais e Economia Doméstica, Educação Física.

*2ª série: Português, Matemática, Geografia do Brasil, Ciências Naturais, Desenho e Caligrafia, Canto Orfeônico, Trabalhos Manuais e Economia Doméstica, Educação Física.

*3ª série: Português, Matemática, História Geral, Noções de Anatomia e Fisiologia Humana, Canto Orfeônico, Desenho, Trabalhos Manuais e Atividades Econômicas da Região, Educação Física, Recreação e Jogos.

*4ª série: Português, História do Brasil, Psicologia e Pedagogia, Didática e Prática de Ensino, Canto Orfeônico, Desenho, Noções de Higiene, Educação Física, Recreação e Jogos;

O segundo (ciclo), o curso de formação de professores primários será ministrado em dois anos e terá as seguintes disciplinas:
*1ª série: Português, Matemática, Biologia Educacional (noções de anatomia e fisiologia humana e higiene), Psicologia educacional (noções de Psicologia da criança e fundamentos psicológicos da educação), Metodologia do Ensino Primário, Desenho e Artes Aplicadas, Música e Canto, Educação Física, Recreação e Jogos." Decreto 40, artigo 1º, 3º e 4º (FARIAS, p.65)

A partir de então, a Escola Normal Lourenço Filho passa a oferecer o curso de formação de professores primários, em dois anos, correspondente ao segundo ciclo, sendo extinto o curso normal ginasial. A primeira turma deste nível formou-se em 1947, com catorze concludentes.

O curso de regentes de ensino primário, de primeiro ciclo, foi instalado nos municípios de Xapuri (1944), em Sena Madureira (1946), e de Cruzeiro do Sul (1947), mantido pela Igreja Católica. Só na década seguinte, foram criados os cursos normais regionais (de 1º ciclo) em Tarauacá (1956), Brasileia (1957) e Feijó (1958). Para ingressar nos cursos normais, tanto no de primeiro ciclo como no de segundo ciclo, era exigido o exame de admissão, de caráter seletivo e eliminatório, por força da legislação federal.

"Ainda atendendo a regulamentação do ensino normal, o Governador José Guiomard dos Santos cria o Grupo Escolar Presidente Dutra, anexo à Escola Normal Lourenço Filho, para o trabalho de prática e demonstração pedagógica". (Decreto 84, de 01/05/1947)

Em 1950, o Curso Normal de segundo ciclo amplia-se para três anos de duração. Justifica-se, assim, a inexistência de uma turma de concludentes em 1951, da Escola Norma Lourenço Filho. As turmas de segundo ciclo funcionavam primeiramente no Grupo Escolar Presidente Dutra, na Avenida Getúlio Vargas, onde situa atualmente a Biblioteca Pública Estadual, nos anos de 1946 a 1947. Nos anos de 1948 a 1956, voltou a funcionar no Instituto Getúlio Vargas, no prédio construído à rua Benjamin Constant, onde até hoje funciona o Colégio Acreano. Somente em 1957, instalou-se no prédio especialmente construído para sediar definitivamente a Escola Normal Lourenço Filho, situada à Avenida Getúlio Vargas, 232, na Praça Plácido de Castro, onde funciona atualmente o CEBRB (Colégio Estadual Barão do Rio Branco).

Em 1952, o currículo da Escola Normal era constituído pelas disciplinas: Português, Matemática, História da Educação, Anatomia, Música, Artes Aplicadas, Física, Química, Biologia, Psicologia, Higiene e Puericultura, Metodologia e Prática de Ensino, Sociologia, Filosofia. (FARIAS, p.67)

No início da década de 80, a Secretaria de Educação do Estado reconhece a necessidade de promover a revitalização da antiga Escola Normal e, pelo Decreto 171, de 30/12/1981, o curso de Magistério é desmembrada do CESEME (Complexo Escolar de Ensino Médio, criado pelo Decreto 305, de 30/12/1974) e passa a ser administrado pelo Instituto de Educação Lourenço Filho.

A revitalização da Escola Normal pretendida pelo decreto 171/81 não correspondiam as reais condições físicas de trabalho onde passou a funcionar, a rua Rio Grande do Sul, no antigo Projeto Rondon, onde hoje funciona a Escola Heloísa Mourão Marques.

Pretendia-se com a criação do Instituto de Educação Lourenço Filho, além de reestruturar o curso de Magistério no modelo de 3 anos mais 1 ano e meio de Estudos Adicionais, dotá-lo de uma Escola de Aplicação, incorporando a Escola de 1º Grau Francisco Sales Filho que se extingue como estabelecimento independente – e ainda: “coordenar o processo de habilitação de pessoal engajado no sistema Normal Parcelado (seis etapas) e dos egressos de 1º Grau, em cuja localidade não existe o 2º Grau convencional (sistema modular de ensino) e quaisquer outras modalidades de habilitação para o magistério que venham ser implantadas posteriormente com vistas ao Ensino Normal” (Art.2, inciso 3, decreto 171/81).

Na realidade, esta finalidade nunca foi alcançada, até hoje, embora o decreto ainda continue em vigor. Em 1988, após estudo minucioso e coletivo, as propostas curriculares foram reformuladas e o curso de Magistério passou a ter uma estrutura de 04 anos, com duração de 3360 horas, destinado à formação de professores para a pré-escola e as quatro primeiras séries do 1º grau, com noções básicas sobre o Ensino Especial.

No Governo Flaviano Melo, iniciou-se a construção das novas instalações do IELF, tendo o primeiro bloco (das salas de aula) inaugurado em maio de 1991.

Em 1992, o IELF oferece o curso de magistério nos três turnos em suas doze salas, perfazendo um total de 35 turmas e 105 alunos.

Em 2002, iniciou-se o Ensino Médio e Fundamental de 5ª a 8ª série no 1º e 2º turnos.

5 comentários:

  1. Bom........ por onde eu começo?
    Todos nós temos potencial para melhorar, isso não começa só com os alunos que tiram uma nota ruim, mas também os professores, os diretores e os gestores.
    Isso não começa só com bons modos, mas também com consciencia de que tudo o que fazemos é nosso pleno dever.
    Queremos uma escola boa não só para os alunos mas sim para os professores.
    É isso, é o que nós sentimos a inevitabilidade.
    -Aluno 1A-mannhã

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  2. BOM PRIMEIRAMENTE A DIREÇÃO ESTÁ DE PARABÉNS AINDA MAIS AGORA COM UM COORDENADOR MUITA COMPETÊNCIA.TODOS NÓS SABEMOS QUE A GESTÃO SEMPRE AJUDA E SEMPRE SE ESFORÇA PARA DAR O MELHOR PARA A ESCOLA PORÉM ALGUNS ALUNOS NÂO AJUDAM PENSAM QUE ESCOLA E LUGAR PARA NAMORAR , BRIGAR OU ATÉ MESMO DESCUTIR COM PROFESSOR ALUNOS QUE NÃO TEM NENHUM TIPO DE CARÁTER ALUNOS QUE AO CHEGAR NA ESCOLA QUER SER O DOIDO E BATER DE FRENTE COM PROFESSOR OLHA ALUNOS COMPREENDAM ESCOLA E PARA ESTUDAR E NÃO UM PARQUE DE DIVERSÕES BOM ASSIM COMO TEMOS DIREITOS TEMOS DEVERES TAMBÉM ENTÃO SE CADA UM FIZER SUA PARTE PODEMOS MELHORAR EM MUITA COISA OU SEJA JUNTOS PODEMOS TUDO

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  3. É UMA HONRA TERMOS UMA ESCOLA HOMENAGEANDO UM HOMEM TÃO INTELIGENTE...
    E DESTA ESCOLA SAIRÁ OS PRÓXIMOS JUÍZES, MÉDICOS, PROFESSORES, ARQUITETOS...MAS TAMBÉM SAIRÁ OS GARIS, ZELADORES...MAS VOCÊ ESCOLHE O QUE QUER SER...E BUSCA COM DETERMINAÇÃO...

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  4. ESTA DE PARABÉNS,POIS O INSTITUTO DE EDUCAÇÃO LOURENÇO FILHO PRECISAR SER LEMBRADO E LEVAR PARA TODOS OS ESTUDANTES FUTUROS,QUE ELA EM SI TEM UM PADRÃO DE ENSINO CAPAZ DE TRANSFORMAR OS ALUNOS EM FUTUROS MÉDICOS,ADVOGADOS ENTRE OUTROS.COM A AJUDA DA GESTÃO E COORDENADORES E PROFESSORES QUE TRABALHAM JUNTOS PARA SEMPRE PASSAR O MELHOR PARA OS SEUS ALUNOS.MAS EU ACREDITO QUE SEMPRE PODEMOS FAZER MELHOR,PARA QUE NÓS VENHAMOS SEMPRE EVOLUIR E NÃO REGREDIR!

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  5. Nós (alunos) necessitamos de melhores condições como limpeza adequada dos banheiros,das salas e refeitórios, precisamos também de mais projetos que envolvam com o mercado de trabalho e que despertem o interesse dos alunos em si,e também o uso da sala de informática (pois exitem alunos que não têm acesso ầ internet). Acredito que a escola é um ambiente na qual devemos desfrutar o melhor possivel, fazendo o uso adequados dos bens. Deve-se haver conciliação de ambas as partes.

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